Acumulador do Cambuí recebe ajuda

Vizinhos e Prefeitura se mobilizam

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horacampinas.com.br 08/11/2023

Vizinhos e Prefeitura se mobilizam para ajudar acumulador do Cambuí

 

Casa onde o homem mora tem acúmulo de materiais recicláveis que chega até o telhado

 

 

Por Silvio Begatti

 

 

Tempo de leitura: 2 mins

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Imagem aérea mostra lixo em imóvel localizado na Rua Olavo Bilac Foto: Redes sociais

A Secretaria de Saúde de Campinas informou que está acompanhando o caso do acumulador que mora no bairro Cambuí, em Campinas. O homem também vem recebendo auxílio da comunidade local. A história dele foi revelada pelo Hora Campinas depois que uma foto divulgada nas redes sociais mostrou sua casa tomada por materiais embalados em sacos pretos. O acúmulo chega até o telhado do imóvel localizado na Rua Olavo Bilac e, de acordo com a Prefeitura, trata-se de compostos recicláveis.

Segundo a Secretaria de Saúde, o monitoramento é feito pela Vigilância Sanitária e o Centro de Saúde (CS) Guanabara. No entanto, a Pasta não ofereceu detalhes da abordagem ao justificar que não expõe pacientes de saúde mental. “A exposição dessas pessoas prejudica muito o vínculo com as equipes e a pessoa acaba não aceitando o tratamento”, informou.

 

“Mas a secretaria está acompanhando o caso e tomando as devidas providências cabíveis para resolver a situação”, completou em nota.

 

 

Cena viraliza

A foto aérea, feita por um vizinho em um prédio da localidade e que revelava o acúmulo no imóvel, foi publicada pelo vereador Paulo Gaspar (NOVO) no início da semana passada. A cena, que viralizou na cidade, provocou reações. O vereador, na ocasião, disse que um acumulador de materiais recicláveis morava sozinho no imóvel e que iria acionar a Vigilância Sanitária para verificar a situação. Vizinhos também se manifestaram nas redes sociais.

 

O temor era que um incêndio pudesse causar prejuízos maiores, já que o material armazenado era de caráter inflamável.

 

Posteriormente, comerciantes e moradores do entorno revelaram que a foto foi tirada após os materiais terem sido colocados na parte externa do imóvel para que seu interior pudesse passar por uma limpeza. Há algum tempo, o acumulador vem recebendo auxílio de um grupo de pessoas, que o ajuda na higiene do espaço e armazenamento e venda dos recicláveis. O morador tem 60 anos de idade. O Hora Campinas mantém a sua identidade sob sigilo para preservar a sua imagem e não expor seu nome publicamente.

 

O que é o transtorno?

O morador pode ser portador da doença psiquiátrica chamada disposofobia, caracterizada pela acumulação compulsiva. Em uma entrevista ao Jornal da USP, o psicólogo Lucas dos Santos Lotério fala sobre o assunto. Ele é mestre em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da Universidade de São Paulo.

De acordo com a publicação, “algumas pessoas apresentam grande dificuldade em se desfazer de objetos novos ou antigos”. E essa dificuldade pode, muitas vezes, envolver papéis, embalagens e recipientes descartáveis que o indivíduo acredita serem bonitos, proveitosos no futuro ou até que têm um certo valor emocional. Na maioria dos casos são pertences que já não são mais úteis.

Quando esse comportamento começa a se tornar exagerado e o volume dos objetos compromete o espaço onde essas pessoas vivem, é necessário maior cuidado.

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