Cotuca paralisa aula após caso d estupro

Alunos pedem mais segurança

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horacampinas.com.br 16/11/2023

Cotuca paralisa as aulas após caso de estupro de estudante

 

 

Alunos pedem mais segurança e também reivindicam melhorias na infraestrutura do colégio

 

 

Por Redação

 

Tempo de leitura: 2 mins

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Estudantes com cartazes durante a mobilização desta manhã no Cotuca Fotos: Michelle Yara da Silva

Um caso de estupro envolvendo uma estudante do Cotuca (Colégio Técnico da Unicamp) deflagrou uma mobilização no local nesta quinta-feira (16). As aulas foram paralisadas. As cobranças dos alunos são por maior vigilância e segurança nas imediações do colégio, que fica na região central de Campinas. A manifestação também reivindica melhorias na infraestrutura da instituição.

O caso de violência sexual ocorreu na noite de segunda-feira (13), quando uma estudante de 17 anos saía do colégio e seguia em direção a sua casa. Ela foi abordada por um homem, que a ameaçou, a segurou pelo pescoço e passou a mão em seu corpo, enquanto caminhava ao seu lado pelas imediações. O bandido acabou fugindo ao ouvir gritos de estudantes que observaram a cena.

“A paralisação das aulas e a manifestação ocorrerão a partir das 9h e seguirão até à noite”, disse a estudante de enfermagem Maria Eduarda Saitarone, uma das lideranças do movimento. “O descontentamento dos estudantes com a falta de estrutura do colégio não é de hoje”, afirma.

Na manhã desta quinta, vários estudantes em frente ao prédio do colégio se reuniram com cartazes pedindo mais segurança. Com um megafone, eles também se manifestavam, solicitando ações por parte da direção do colégio. A diretoria do Cotuca foi procurada pela reportagem, mas até o fechamento desta matéria não havia se posicionado.

 

 

MANIFESTO

Um manifesto elaborado pelos estudantes foi entregue à direção nesta quinta-feira.  “Nós, alunas e alunos do Colégio Técnico de Campinas, convocamos a comunidade discente bem como as demais comunidades do colégio e todos aqueles que, em solidariedade, pudessem aderir à causa, a compreender nosso posicionamento diante das ocorrências recentes do colégio”, cita o documento, que faz referência a uma série de problemas envolvendo questões estruturais na instituição.

“Todos nós estamos fragilizados por conta da precária infraestrutura escolar”, diz parte de um trecho do texto. “Vazamentos de esgotos, rachaduras, falta de um pátio ou áreas de convivência, muitos meses sem cantina, sistema hidráulico insuficiente, elevado nível de ruído e falta de ventilação eficaz em salas de aulas são alguns dos problemas que oferecem risco ao nosso bem-estar, nossa segurança biológica e comprometem nossos principais objetivos que é o estudo acadêmico e o convívio social”, segue o manifesto.

Os estudantes também entregaram à direção um dossiê de 15 páginas sobre os problemas verificados na estrutura do prédio Bento Quirino, depois da reforma do espaço entre 2014 e 2021.

 

 

O CASO DE ESTUPRO

À polícia, a estudante vítima de agressão sexual narrou que o homem aparentava ter entre 40 e 50 anos e fez ameaças, dizendo que ela levaria três tiros na testa caso fizesse escândalo. Ainda segundo a estudante, o bandido também disse que iria tirar muito mais do que os pertences dela.

Depois que o homem fugiu, a estudante entrou no carro dos pais de uma amiga e foi conduzida para sua casa.

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