Reunião foi sobre morcegos e escorpiões
A unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Campinas, a Vigilância em Saúde Leste e o Centro de Saúde Centro reuniram na manhã desta segunda-feira, dia 17 de setembro, síndicos de prédios de parte da região central de cidade para orientar sobre morcegos e escorpiões. Cerca de 40 pessoas participaram da reunião no Salão Vermelho do Paço Municipal.
No encontro, foram dadas orientações sobre o que fazer no caso de encontrar algum morcego com comportamento anormal para a espécie - voando durante o dia, por exemplo - e sobre a importância de manter animais domésticos vacinados. Também foram informadas que ações devem ser adotadas para evitar a entrada de escorpiões em casas e apartamentos.
Os dados apresentados pela equipe da UVZ no encontro apontam que, de 2011 a 2017, cerca de 4.500 morcegos foram recolhidos pela unidade na cidade como um todo. Neste período, somente na região central, foram recolhidos 386 animais. A unidade faz a coleta de morcegos encontrados caídos (mortos ou vivos) ou voando durante o dia, em locais baixos ou expostos à claridade. Estes comportamentos não são normais entre morcegos e podem ser um indício de que estão infectados pelo vírus da raiva.
“Queremos iniciar uma parceria e levar a informação correta sobre como proceder ao encontrar morcegos e qual o manejo adequado até a chegada dos técnicos”, disse a coordenadora municipal da Vigilância Epidemiológica, Tessa Roesler.
A médica veterinária da UVZ, Aline Nitsche, ressaltou que há vários anos se verifica essa questão com os morcegos na região central, por conta das características ambientais e arquitetônicas da região. Aline destacou que os animais encontrados nesta região são insetívoros ou frugívoros e não se alimentam de sangue. No centro da cidade, além das árvores frutíferas (no caso dos frugívoros), os morcegos podem encontrar abrigo em caixas de persianas, juntas de dilatação e dutos de ventilação dos edifícios.
Os morcegos são extremamente importantes para o equilíbrio ambiental, uma vez que comem insetos (um morcego chega a comer 3 mil insetos em uma noite) e contribuem para a disseminação de sementes, no caso dos frugívoros. “A maioria dos morcegos não está infectada pelo vírus da raiva”, ressaltou Aline.
Caso, o prédio ou apartamento tenha um problema com morcegos, é preciso acionar a UVZ para receber orientações.
A coordenadora da UVZ, a bióloga Elen Costa de Telli, disse que o encontro teve o objetivo de levar orientações adequadas aos munícipes. “A proposta é que tenhamos outras reuniões com síndicos dessa área e de outras regiões. Existem mitos e informações equivocadas sobre a ocorrência dos morcegos, que têm sim um papel importante na natureza, mas podem ser portadores do vírus da raiva e servir como elo na transmissão para o ser humano.”
Já em relação aos escorpiões, Elen ressaltou que o objetivo é orientar para evitar acidentes. A grande maioria dos acidentes tende a evoluir de maneira benigna, mas as ocorrências podem significar maior risco em casos que envolvem crianças e idosos.
Ao encontrar um morcego caído (vivo ou morto) ou voando durante o dia, deve-se entrar em contato com a UVZ pelos telefones 3245-1219 ou 3245-2268. Após as 17h ou aos finais de semana e feriados, é preciso ligar para o telefone 199 da Defesa Civil, para que o plantão da UVZ seja acionado.
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