Prefeitura oferece programa
Uma parceria entre as secretarias municipais de Trabalho e Renda e Educação, por meio da Fumec (Fundação Municipal para Educação Comunitária), instituiu um programa específico para a formação de aprendizes para atuarem em postos de combustíveis. A primeira turma, de 23 jovens com idade entre 18 e 23 anos, iniciou suas atividades no dia 1º de outubro. A iniciativa foi viabilizada pela lei que instituiu o programa Primeiro Emprego Aprendiz Campinas.
O projeto foi desenvolvido a partir de uma solicitação feita pelo Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região) para que seus associados possam cumprir de forma adequada o que determina a legislação federal referente à aprendizagem profissional. O curso terá a duração de um ano, e envolve atividades teóricas, que serão realizadas pelo Ceprocamp (Centro de Educação Profissional de Campinas Prefeito Antônio da Costa Santos) e práticas, nos próprios postos de combustíveis.
Os jovens encaminhados foram selecionados a partir do cadastro do Sine (Sistema Nacional de Emprego) Municipal, vinculado ao CPAT (Centro Público de Apoio ao Trabalhador). “Com essa iniciativa garantimos um ingresso qualificado desses jovens no mercado de trabalho e ainda atendemos a necessidade de um segmento econômico importante de nossa cidade”, destacou o secretário de Trabalho e Renda, Luis Yabiku.
Os aprendizes cumprirão uma carga horária de 30 horas semanais, sendo 20 horas na empresa e 10 para a formação teórica e terão seus vencimentos calculados com base no valor de um salário mínimo hora, pago pelo empregador. Como a Lei de Aprendizagem estabelece que pelo menos 10% da formação teórica dos jovens deve ser feita antes de seu ingresso nas atividades práticas, eles só iniciarão o trabalho nos postos a partir de novembro.
Para a secretária municipal de Educação, Solange Pelicer, a parceria vai ao encontro da vocação do Ceprocamp de unir qualificação profissional e empregabilidade. “Essa formação é fundamental para que esses jovens se insiram no mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente”, ressaltou Solange.
Entre as disciplinas do curso criado pelo Ceprocamp, que tem a autorização do Ministério do Trabalho, estão Saúde e Segurança do Trabalho 1, Gestão Ambiental, Informática Básica, Ética, Cidadania e Direitos Humanos, Máquinas e Equipamentos – Postos de Combustíveis, Saúde e Segurança do Trabalho 2, Gestão de Negócios e de Pessoas, Atendimento ao Cliente, Combustíveis e Óleos Lubrificantes, Matemática Básica e Estatística Aplicada, Comunicação e Expressão e Direito e Legislação. “Procuramos abranger áreas do conhecimento que envolvam desde o conhecimento das matérias-primas utilizadas nos postos até conceitos de atendimento e vendas”, afirmou José Batista Carvalho Filho, diretor executivo da Fumec.
O presidente do Recap, Flávio Campos, valorizou a parceria feita entre a entidade e o poder público. “Nossa intenção sempre foi criar um programa que de fato forme mão-de-obra qualificada, pessoas que no futuro possam ser efetivadas como funcionários dos postos de combustíveis”, destacou Campos.
Entre os jovens selecionados para participar dessa primeira turma de aprendizes para os postos de combustíveis o sentimento é de empolgação com a oportunidade. Victor Hugo de Sousa Vieira, de 21 anos, que irá atuar como aprendiz em um posto no Jardim Nova América, disse que estava desempregado e com dificuldades para arrumar emprego. “Essa chance de trabalhar e ainda participar do curso é ótima”, afirmou.
Recém-chegado do Piauí, de onde veio com a família, Matheus Pereira, de 19 anos, que ainda está cursando o ensino médio, irá trabalhar em um posto localizado próximo ao Swiss Park. Já Claison Marcos Viana da Silva, de 19 anos, foi contratado como aprendiz por um posto no Jardim Valença. “Estou desempregado há três meses e essa oportunidade caiu do céu”, disse ele.
A Lei Federal 10.097/2000 determina que empresas de médio e grande porte devem contratar jovens com idades entre 14 e 24 anos como aprendizes. No caso dos postos de combustíveis, por serem caracterizados pelo Ministério do Trabalho como uma atividade que envolve risco, os aprendizes precisam ter pelo menos 18 anos.
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