Vamos cantar Chiquita Bacana!

Reviva o Carnaval de 1949

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EBC 04/03/2019

Reviva o Carnaval de 1949
na voz da Rádio Nacional

“A cidade se entrega, hoje, à grande folia”, anunciava a manchete do jornal às vésperas do Carnaval de 1949.

 

Setenta anos depois, é possível reviver o som de cuícas, pandeiros e tamborins daqueles tempos em que a rádio captava os detalhes e contradições das fantasias, desfiles e opiniões do carnaval da então capital federal, o Rio de Janeiro.

 

Abaixo, estão disponíveis áudios exclusivos dos repórteres da Rádio Nacional. A cada narração, fragmentos dos foliões cariocas "que se divertem apesar das dificuldades naturais da vida", como destacou um dos repórteres escalados para cobrir o evento. Relembre alguns trechos na playlist abaixo:


 

Saiba como era o carnaval há 70 anos

A Série Memória Nacional conta como o Rio de Janeiro, então Distrito Federal do Brasil, comemorava o seu carnaval em 1949. As reportagens resgatam como era a vida política, social e cultural do país há 70 anos.

Em 1949, a Rádio Nacional era o principal veículo de comunicação do país e lançava cantoras famosas, como Emilinha Borba, que eternizou a marchinha "Chiquita Bacana". Também foi nos microfones da Nacional que o primeiro Rei Momo eleito do país declarou o início das festividades carnavalescas.

Enquanto isso, nas principais avenidas e praças cariocas, os repórteres nacionais reproduziam, ao vivo, a euforia das ruas. Para isso, valia de tudo, até mesmo se pendurar em um bonde para acompanhar de perto a festa dos foliões.

Confira o resumo das reportagens especiais:

Brasil estava em clima de Copa do Mundo

Apontado pelo jornal A noite como “sem dúvida o mais brilhante desses últimos dez anos”, o Carnaval carioca de 1949 recebeu especial atenção da Rádio Nacional – à época, o principal veículo de comunicação do país – através de diversas matérias de rua que destacavam blocos, desfiles de escolas de samba e de frevo, bailes e outros eventos espalhados pela capital federal e, para tal, abria espaço em seus microfones para foliões, autoridades, além da figura do Rei Momo, eleito pela primeira vez naquele ano. Clique aqui para ouvir a reportagem completa.

Rei Momo assume o microfone da Nacional

Acompanhe, no player acima, a folia nas ruas, bailes e desfiles de frevo do carnaval de 49. Na segunda reportagem sobre o Carnaval Carioca de 1949, há o registro histórico de "Sua Majestade Rei Momo Primeiro e Único" abrindo a festa diretamente dos microfones da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Ouça aqui a reportagem.

Disputas políticas entre escolas geram dois desfiles

Alguns setores das classes trabalhadoras ligadas ao samba já vivenciavam, em 1949, uma aproximação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) com a União Geral das Escolas de Samba, afinidade que levou os opositores a apelidarem a entidade carnavalesca de União das Escolas de Samba Soviéticas. Esse fator foi determinante para o poder público criar a Federação Brasileira de Escolas de Samba em 1947 e, no ano seguinte, sob a administração do prefeito Ângelo Mendes de Moraes (1947 – 1951), limitar a distribuição de verbas apenas para as escolas filiadas à nova associação. Confira a reportagem na íntegra.

Carnaval passa a flertar com recursos públicos

O carnaval carioca de 1949 representou um elemento estratégico para a maior aproximação do poder público com a festa. Em uma dimensão divergente daquela testemunhada nos anos 30, o samba passa a ser encarado como um investimento importante, aumentando significativamente o incentivo às festividades. Ouça a reportagem.

Créditos

Pesquisa e reportagens:

Aline Bretas, Pedro Modesto e Thiago Guimarães | Rádio Nacional

Leyberson Pedrosa | Texto

Leyberson Pedrosa e Daniel Dresch | Implementação Web

Luiz Cláudio Ferreira | Edição e Revisão

Maria Carnevale e Thiago Guimarães | Acervo de TV e Rádio

Instituto Moreira Salles | Fotos de arquivo

Beatriz Arcoverde, Cid Vieira e Ramon Amorim | Colaboradores

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