Novo ministro do STF
Kássio Nunes | |
Desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região | |
Mandato: | 12 de maio de 2011 até a atualidade |
Nomeação por: | Dilma Rousseff |
Antecessor(a): | Carlos Fernando Mathias de Souza |
Dados pessoais | |
Nascimento: | 16 de maio de 1972 (48 anos) Teresina, Piauí |
Progenitores: | |
Cônjuge: | Maria do Socorro Marques |
Alma mater: | Universidade Federal do Piauí |
Religião: | católico |
Kássio Nunes Marques (Teresina, 16 de maio de 1972)[1] é um magistrado brasileiro, atualmente desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.[2]
Em 22 de outubro de 2020, foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, em vaga aberta pela aposentadoria do ministro Celso de Mello.
Graduado em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) em 1994, Nunes concluiu especialização em processo e direito tributário pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2013, bem como mestrado em direito constitucional pela Universidade Autônoma de Lisboa (Portugal) em 2015[3] e doutorado em direito pela Universidade de Salamanca (Espanha) em 2020.[4][5]
Nunes atuou como advogado entre 1996 e 2011, nas áreas cível, trabalhista e tributária. De 2001 a 2011, foi sócio do escritório Marques, Carvalho e Araújo Advogados Associados.[5]
De 2007 a 2009, foi conselheiro seccional de Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Piauí, e de 2010 a 2011 foi suplente do Conselho Federal da OAB, no qual integrou a Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política.[5]
Em maio de 2008, tornou-se juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI),[1][3] indicado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí para vaga destinada a advogado, com mandato de um biênio,[6] sendo reconduzido em 2010.[5]
Em 12 de maio de 2011, assumiu o cargo de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), indicado em lista sêxtupla pela Ordem dos Advogados do Brasil e nomeado pela presidente Dilma Rousseff em vaga do quinto constitucional, após a aposentadoria do desembargador Carlos Fernando Mathias de Souza. No TRF-1, integrou a 1ª Turma da 1ª Seção, composta de seis magistrados e responsável, principalmente, pelo julgamento de processos na área previdenciária.[1] Foi vice-presidente do tribunal de 2018 a 2020.[5]
Em 30 de setembro de 2020, o presidente Jair Bolsonaro comunicou aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a intenção de indicar Nunes para integrar aquela corte, na vaga que seria aberta pela aposentadoria do ministro Celso de Mello. A escolha foi considerada por aliados do presidente e pela imprensa como uma surpresa, tendo em vista que Nunes não estava nas listas de potenciais indicados para a função. Além disso, a indicação de um nome para uma vaga no STF ocorreu antes de esta ser aberta, o que também é incomum.[7]
O desembargador foi classificado como "equilibrado e discreto". Ao mesmo tempo, dois integrantes da alta corte comentaram, em conversa reservada com a imprensa, que ficaram aliviados pela nomeação, uma vez que Nunes não era "altamente identificado com Bolsonaro".[8]
No dia 2 de outubro, Bolsonaro comunicou oficialmente o Senado Federal sobre a indicação de Nunes.[9] [10]
Durante o processo de indicação, seu currículo foi contestado por veículos de imprensa. Na titulação declarada por Nunes, constava uma pós-graduação em "Contratación Pública" pela Universidade da Corunha (Espanha), curso que a universidade negou ter oferecido como pós-graduação[11] e afirmou que se trataria de um curso de quatro dias no qual o desembargador participara como ouvinte.[11] Nunes também declarou no currículo um pós-doutorado em direito constitucional pela Universidade de Messina (Itália), curso que a instituição afirmou se tratar não de um pós-doutorado, mas de um ciclo de seminários, sem equivalência a um grau acadêmico.[12]
Em 21 de outubro de 2020, Nunes foi sabatinado pelo Senado Federal, sendo no mesmo dia aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça com 22 votos favoráveis e 5 contrários, e pelo plenário com 57 votos favoráveis, 10 contrários e 1 abstenção.[13] No dia seguinte, foi nomeado por Bolsonaro para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.[14]
Nunes se declara católico.[15] De origem humilde, filho de professores da rede pública, cresceu na periferia de Teresina[16] e foi o primeiro de sua família a se formar em um curso de ensino superior.[17] É casado com Maria do Socorro Marques, que em 2020 trabalhava como funcionária comissionada no gabinete do senador Elmano Férrer[18] (Podemos-PI) e que, previamente, serviu nos gabinetes de Wellington Dias (PT/PI) entre 2011 e 2014, depois da suplente desse Regina Sousa (PT/PI) entre 2015 e 2018 e, em seguida, do segundo suplente Zé Santana (MDB-PI) em 2019.[19]
Art. 2º O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí, com sede na Capital e jurisdição em todo o Estado, compõe-se de sete membros efetivos, assim escolhidos: (...)
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça. (...)
Art. 3º Os Juízes do Tribunal, efetivos ou substitutos, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos.
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