Apontaram especialistas da EY na NRF
Por Agência EY 03 de Fevereiro de 2022 às 15:48
| Agência de notícias da auditoria EY
A pandemia colocou uma série de novos desafios ao varejo, principalmente em relação ao comércio digital, e alguns desses desafios vieram para ficar. Mais do que vender, é necessário garantir a satisfação do consumidor, que deseja uma entrega rápida e eficiente - de preferência no mesmo dia.
O supply chain foi um dos temas principais da 110ª National Retail Federation (NRF), realizada em Nova York, um dos mais prestigiados eventos anuais globais sobre tendências do varejo. Nesta edição, o evento voltou a ser presencial, e contou com a participação de representantes do varejo e de consultores de todo o mundo
Quando essa cadeia de suprimentos não funciona direito, todo o varejo fica comprometido. Ou seja, quando essa logística não é devidamente gerenciada pelo varejista, pode levar à perda de vendas.
Atender a esse cliente cada vez mais exigente requer uma cadeia de suprimentos que funcione bem, em sintonia e com a precisão de um relógio, da a captação da matéria-prima para a elaboração do produto até a entrega final no endereço do consumidor ou na pronta-entrega na loja física.
Para entender a importância da gestão do supply chain, o que acontece quando a pessoa deseja determinado produto e não encontra à disposição na loja física ou virtual? Simples: ela vai comprar em outro lugar, muitas vezes ao alcance de um clique na loja on-line da concorrência.
“O supply chain ganha importância cada vez maior, pois ele é parte relevante para uma boa experiência de compra por parte do consumidor”, explica Natália Sperati, sócia de consultoria em Transformação de Negócios da EY para o setor de Varejo e Bens de Consumo. “Também está ganhando protagonismo muito grande no varejo, pois a entrega eficiente é parte do valor de compra que o consumidor deseja”, completa.
Opinião semelhante tem o sócio-líder de Operações em Supply Chain da EY para a América do Sul, Lucas Horta. “O perfil do consumidor está mudando rapidamente. Há novas exigências de customização, personificação e celeridade. Isso aumenta muito o nível de exigência do supply chain”, explica.
Horta reforça a importância da cadeia de suprimentos para o processo como um todo, da logística para a elaboração do produto até a venda. “Se o supply chain não for bom, o seu produto não vai estar na gôndola.”
Não à toa, um dos assuntos discutidos nos Estados Unidos foi o “quick commerce” – processo de entrega entre 15 minutos e 2 horas. O consumidor deseja que a sua encomenda seja entregue em um prazo cada vez menor, o que aumenta os desafios logísticos para o varejista.
Afinal, não é fácil lidar com questões como falhas no abastecimento de matéria-prima, falta de entregadores e trânsito pesado nas cidades. Caso o varejista não consiga superar os desafios cotidianos, corre o risco de perder para a concorrência. “Isso torna o supply chain uma área cada vez mais estratégica do negócio”, alerta Natália.
Outro assunto de destaque na NRF é a força crescente do consumidor na China, o que torna um país um verdadeiro hub de tecnologia para o varejo, com novas soluções para toda a cadeia de consumo, por meio da tecnologia avançada. “A China tem pelo menos 500 milhões de consumidores com bom poder de compra, e a classe média chinesa hoje é maior do que os Estados Unidos - o que mostra a importância do mercado chinês”, diz Natália.
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