Forma de reduzir custos de aluguel ...
Há quase dez anos o Brasil viveu um boom de barbearias. Numa roupagem vintage e estilosas, elas se reinventaram e saíram do tradicional "barba, cabelo e bigode" para salões que combinam seu espaço com bares, cafeterias e estúdios de tatuagem.
Além de trazer modernidade ao ambiente, essa soma de serviços fez o lucro de muitos comerciantes crescer, elevando esse tipo de negócio a outro patamar.
A prática de somar forças, tendo um negócio complementando o outro, tem nome: store in store, que por aqui podemos chamar de loja dentro de loja.
A ideia é que essa seja uma relação de ganha-ganha. Quem abriga o negócio parceiro pode receber uma taxa, como aluguel, e diversifica o público com a oferta de novos serviços ou produtos no local. Quem se instala no espaço parceiro foge dos valores inflacionados de shoppings, por exemplo, e aproveita a presença de clientes já existente.
Para o cliente, o ponto positivo está justamente na possibilidade de planejar a compra de variados itens em um único lugar, ou vivenciar experiências diferenciadas, como tomar aquele cafezinho enquanto aguarda a vez de cortar o cabelo.
É comum ver o store in store ser implantado em supermercados e livrarias, que agregam cafeterias, lojas de presentes, entre outros. Mas o formato é possível para qualquer tipo de negócio, de acordo com Fernanda Dalben, especialista em varejo.
Porém, é preciso fazer contas. Pensando em quem cede o espaço, Fernanda destaca que o acompanhamento e análise de métricas de desempenho são fundamentais para entender a performance do ponto de venda em questão.
“É uma área de vendas a menos para o seu negócio, portanto, essa parceria precisa trazer resultados ainda mais rentáveis”, diz.
Já para a empresa que vai se instalar, existe a necessidade de se adaptar às rotinas do negócio que irá recebê-la.
Outro ponto levantado por Fernanda é o uso de tecnologia – gôndolas infinitas, suporte on-line e serviços de entrega garantem experiências melhores. Por terem seus espaços reduzidos, os negócios que adotam o modelo store in store precisam adotar estratégias diferenciadas.
A falta de complementariedade de mix, por exemplo, pode ser um problema. "É preciso pensar numa troca. Não se trata apenas de um espaço de locação. O que o empreendimento faz pela minha loja e o que minha loja realiza para que todos ganhem?".
A seguir, listamos alguns pontos positivos e alguns cuidados para operações no modelo de loja dentro de loja:
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IMAGEM: Freepik
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