3° Encontro Liberdade para Empreender
28/Nov/2022
Todas cabem no TikTok. Foi com essa afirmação que Silvia Beluzzo, líder de estratégia de marketing com foco em pequenos e médios negócios do TikTok para o Brasil e América Latina, deu início a sua apresentação no 3° Encontro Liberdade para Empreender - Protagonismo Feminino nos Negócios, realizado pelo Conselho Nacional da Mulher Empreendedora e da Cultura (CMEC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Citando exemplos, como o de uma vendedora de brigadeiros na Bahia e o de uma papelaria de São Paulo, Silvia destacou as vantagens que podem ser colhidas por pequenos e médios empreendedores na plataforma.
No primeiro caso, a executiva conta que sem ter intenção de viralizar, uma usuária postou um vídeo da mãe (vendedora de brigadeiros) preparando o doce na cozinha de casa. O vídeo teve milhares de visualizações e hoje a Brigadeirinha se tornou uma empresa familiar, em que a mãe, Patrícia, e suas duas filhas, Giovanna e Amanda, atuam em várias frentes: venda de doces, cursos on-line de brigadeiro e comércio de utensílios de confeitaria, influenciando milhares de pessoas que querem empreender no ramo.
A Brigadeirinha começou no TikTok em maio de 2020 e, desde então, se tornou uma das maiores contas do Brasil em seu ramo como uma verdadeira vitrine virtual.
Em um outro case, Silvia falou sobre a Aff The Hype, uma papelaria paulistana que cria produtos com frases ranzinzas, irônicas e bem-humoradas.
A história do negócio surgiu de uma crise profissional, em que um dos sócios decidiu pedir as contas e iniciou sua jornada empreendedora vendendo cadernetas artesanais na rua, em uma pequena banca de madeira, nas calçadas da avenida Paulista.
Algumas coisas mudaram, para melhor, quando a marca começou as suas publicações no TikTok no começo de 2021. Com vergonha de gravar vídeos e cientes da importância de aparecer na plataforma, os sócios decidiram criar uma personagem megacarismática, que faz sucesso na internet: a Adênia.
Antes disso, a Adênia era citada nas legendas das publicações, sempre em terceira pessoa, como a "moça do marketing". As citações ficaram recorrentes e os clientes passaram a pedir coisas para a "moça do marketing". Ela só ganhou corpo e voz um tempo depois, com a alta dos vídeos.
Seguindo sua apresentação, Silvia revelou que cerca de 15% dos usuários do TikTok estão dispostos a comprar de pequenas marcas.
Dados do TikTok utilizados na apresentação mostram que, atualmente, a plataforma conta com 2,7 bilhões de conteúdos sendo classificados ou marcados por empreendedorismo. Além disso, o empreendedorismo feminino é a segunda hashtag mais relevantes dentro desse tema na plataforma e 30% do tráfego está ligado ao empreendedorismo feminino.
Como parte deste trabalho, Silvia diz que nos últimos meses a plataforma tem trabalhado em uma campanha global que nasceu da necessidade de criar uma abordagem direcionada ao que realmente importa para os pequenos e médios empreendimentos.
Nas palavras de Silvia, o foco da plataforma é buscar representantes de empresas que usam o TikTok para crescer seus negócios e alcançaram êxito, porque de fato representam a essência da plataforma: pessoas reais, sem pretensão de influenciar, mas sim criadores dos seus próprios negócios, que falam com propriedade dos temas que abordam e com autenticidade.
"Nos empenhamos em encontrar as faces para representar a brasilidade, o corre e a inovação que a gente tanto queria transmitir. Nada de produções mirabolantes e sim vida real".
Silvia destaca que se antes inovar e ser criativo na publicidade era algo exclusivo para grandes marcas em gigantes canais de mídia, hoje ver pequenos empreendedores lançando tendências e alcançando audiências massivas com apenas um celular em mãos é disruptivo por si só.
Ela também ressalta que o trabalho dessas empresas passa longe de ser um êxito aleatório. "Eles entendem o TikTok e usam os números que a plataforma disponibiliza para saber com quem e em que momento falar".
Em tempos de milhões de seguidores, Silvia argumenta que criatividade é peça-chave para o sucesso de vendas pelo aplicativo. "Não precisa ter seguidores para conseguir impacto na entrega de conteúdo. Um material que a comunidade entenda que seja relevante já é o suficiente", diz.
Então, por onde começar? Primeiro é preciso baixar o aplicativo e criar uma conta corporativa. Caso já tenha uma conta pessoal, é possível transformá-la em conta para empresas. Essa alteração é fundamental para ter acesso às métricas de campanhas em tempo real.
O segundo passo é criar conteúdo orgânico para entender o que é relevante, o que funciona e não funciona entre o público do seu negócio. A plataforma disponibiliza uma ferramenta corporativa com a qual é possível impulsionar o conteúdo para uma audiência específica. Essa terceira etapa é importante para cobrir um público mais segmentado, ou chegar a eventuais consumidores ainda não captados organicamente.
A executiva explica que trabalhar com criadores de conteúdo pode também ser outra forma de atingir um público consumidor. O movimento das marcas buscarem cada vez mais se comunicar de forma diferenciada e direcionada com pequenas e médias empresas é crescente. Segundo dados do aplicativo, um em cada quatro usuários descobriram e compraram algo no TikTok após acessarem algum conteúdo relevante.
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IMAGEM: ACSP/divulgação
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