Patrimônio público
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A Prefeitura de Campinas registrou, desde o início do mês até esta sexta-feira (29), pelo menos 16 atos de vandalismo em patrimônios públicos, como imóveis, equipamentos de lazer e esportes, terminais de ônibus, sanitários públicos e até mudas de árvores.
Quando um bem é depredado, alerta a Prefeitura, a população perde porque não usufrui dos serviços e a Administração Pública porque gasta mais para repor o que foi danificado. Importante lembrar que vandalismo é crime, conforme artigo 163 do Código Penal brasileiro.
Um exemplo das ocorrências foi o ocorrido com os banheiros públicos do Centro, na Praça Rui Barbosa, reabertos nesta semana. Os banheiros haviam sido totalmente vandalizados e inutilizados. O custo para a reforma foi de R$ 80 mil, além do período sem utilização do equipamento.
No dia 20 de setembro, um contêiner para coleta de recicláveis foi derrubado, pichado e os resíduos foram espalhados no chão da Praça Bento Quirino.
No início do mês, dia 11, cerca de 40 mudas de árvores recém-plantadas na Avenida Soldado Percílio Neto, no Taquaral, foram quebradas e arrancadas. Menos de uma semana depois, após novo plantio, as mudas foram novamente depredadas.
A Secretaria de Serviços Públicos, gestora de boa parte dos equipamentos abertos, de uso livre e nas ruas, como parques, praças, iluminação, academias, parquinhos, lixeiras, árvores, bocas de lobo, entre tantos outros, estima que os gastos para reparar os danos por vandalismo chega a R$ 1 milhão por ano.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, explica que esse custo é uma estimativa feita a partir do valor gasto na compra de materiais e de horas de trabalho. “Com este recurso, poderíamos fazer outras obras ou implementar projetos importantes para a cidade”, destaca o secretário. Ele exemplifica as melhorias que poderiam ser executadas como a construção de dois campos de futebol, com alambrado e iluminação; ou a construção de um parque ecológico de 100 mil metros quadrados equipado; ou a urbanização de três praças de médio porte (média de R$ 300 mil cada); ou o recapeamento de 5 km de vias públicas.
A Guarda Municipal de Campinas anunciou nesta semana a criação de um Grupo Antivandalismo para monitorar e coibir situações de danos ao patrimônio. O trabalho envolve a Inteligência da corporação, que vai monitorar inclusive as redes sociais para identificar os autores do crime, além dos agentes de segurança do operacional que trabalham na rua, que estarão atentos a este tipo de situação. A população, ao observar um ato de vandalismo, deve acionar a Guarda Municipal pelo 153.
Dois parquinhos infantis inclusivos, adaptados para que crianças com e sem deficiência brinquem juntas, foram vandalizados este mês, nos dias 14, na Praça João Amazonas, no Jardim Maracanã, e no dia 27 de setembro, na Praça Vinicius de Moraes, Jardim Eulina. Cada parque inclusivo custa cerca de R$ 30 mil.
Na tarde de 16 de setembro, um sábado, a bica d´água do Bosque dos Jequitibás foi pichada.
No dia 27 de setembro, última quarta-feira, pedras foram arremessadas na quadra da Praça de Esportes Salvador Lombardi Neto, no Jardim Eulina, entregue reformada há dois meses, e danificaram o piso novo e especial, no qual tinha sido investido cerca de R$ 400 mil.
A pista de skate street, na Lagoa do Taquaral, foi pichada pela segunda vez no dia 26 de setembro, última terça-feira, quatro dias depois da primeira vez. Os reparos da primeira pichação nem tinham sido concluídos. Prejuízo de R$ 3 mil com a tinta especial.
Os banheiros dos terminais Mercado e Barão Geraldo foram danificados e precisaram ser interditados.
No dia 7 de setembro, o sanitário público feminino do terminal Mercado, recém-reformado, foi danificado.
No dia 25 de setembro, os sanitários masculinos do Terminal Campo Grande foram depredados.
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