Campinas com 133 pessoas hospitalizadas
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Campinas faz trabalho intenso para eliminar o criadouro do mosquito Foto: Divulgação
Campinas registrou até esta quarta-feira (21) 133 internações por dengue em 2024 em hospitais da rede pública e privada.
O número aponta uma disparada em relação ao mesmo período de anos anteriores.
Antes, o ano com o maior número de pessoas internadas até a primeira quinzena de fevereiro era 2025, com 43 casos.
Em 2023, foram seis internações no período.
Os dados, atualizados pelo Departamento de Vigilância e Saúde (Devisa) nesta quinta-feira (22) revelam ainda que das 133 pessoas que precisaram ser hospitalizadas desde 1 de janeiro, 124 já tiveram alta, o equivalente a 2,2% dos 6.025 casos registrados no ano na cidade.
2015 – 43
2016 – 8
2017 – 4
2018 – 2
2019 – 14
2020 – 18
2021 – 5
2022 – 10
2023 – 6
2024 – 104 (133 até 21 de fevereiro)
O aumento ocorreu porque Campinas, além de estar em situação de epidemia, registra pela primeira vez na história a circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue, informa o Devisa.
“A circulação de mais de um sorotipo do vírus da dengue em uma área pode aumentar o risco de casos graves da doença, especialmente em áreas endêmicas onde as pessoas têm maior probabilidade de serem expostas a múltiplos sorotipos ao longo do tempo”, informa o departamento.
“Houve ainda recomendação adicional do Ministério da Saúde, por meio da 6ª edição do guia sobre dengue, para que os pacientes que apresentarem risco de complicações tenham acompanhamento diferenciado e permaneçam, em alguns casos, por um período mínimo de 48 horas em leito de internação até a estabilização”, acrescenta.
De acordo com especialistas da Secretaria de Saúde, diferentemente da covid-19, a hospitalização para pacientes com dengue costuma ser curta, com tempo médio de até quatro dias, e ocorre até o quadro do paciente se estabilizar.
As indicações para internação hospitalar, segundo atualização feita pelo Ministério da Saúde na 6ª edição do Guia Dengue: Diagnóstico e Manejo Clínico, são para situações de:
– Presença de sinais de alarme ou de choque, sangramento grave ou comprometimento grave de órgão;
– Recusa à ingestão de alimentos e líquidos.
– Comprometimento respiratório: dor torácica, dificuldade respiratória, diminuição do murmúrio vesicular ou outros sinais de gravidade.
– Impossibilidade de seguimento ou retorno à unidade de saúde por condições clínicas ou sociais.
– Comorbidades descompensadas ou de difícil controle, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, uso de dicumarínicos, crise asmática e anemia falciforme.
– Outras situações a critério clínico.
Por ser considerada rápida, a internação por dengue não chega a impactar as ocupações de leitos nos hospitais, segundo a Pasta.
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