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Defesa Civil alerta população Segundo nota do Cepagri da Unicamp há perigo potencial para toda região com temperaturas elevadas
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A Defesa Civil de Campinas alerta a população para os cuidados com a onda de calor que pode fazer com que as temperaturas subam acima de 35°C no município. Nota técnica divulgada pelo Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp aponta que existe possibilidade de quebra do recorde de temperatura máxima para o mês de março, desde o início das medições em 1989. Até então, a temperatura máxima registrada para um dia de março foi de 35,31°C em 1 de março de 2012.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campinas está na área de perigo potencial, com leve risco à saúde. Além de se hidratar, é preciso usar roupas leves e evitar exposição ao sol.
A recomendação é beber bastante água para manter o corpo hidratado e se proteger do sol sempre que possível. Outra orientação é evitar sair entre 10h e 16h, período em que os raios solares estão mais intensos.
“Esses extremos de temperatura afetam toda a sociedade, trazem risco aumentado de incêndio e podem sobrecarregar o atendimento na área de saúde pública”, afirma o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado.
Com calor extremo, hidratação é fundamental para manter bem-estar do organismo – Foto: Fernanda Sunega/Divulgação PMC
O aviso do Inmet com início nesta quinta-feira (14) e até sábado (16) indica temperaturas 5°C acima da média no período. A temperatura está em tendência de aumento e pode chegar até 38°C nos próximos dias, com umidade do ar mínima em 30%.
Já o boletim da Defesa Civil do Estado aponta temperaturas máximas de 36ºC e sensação térmica de 37ºC entre os dias 15 e 18 de março, de sexta-feira até a próxima segunda. Como há bastante umidade na atmosfera, o boletim do Estado indica que pode haver ocorrência de pancadas de chuva convectivas (de curta duração e alta intensidade), mas sem previsão de grandes volumes.
Onda de Calor
Conforme o Cepagri, a onda de calor está sendo provocada por uma massa de ar quente e seco que está concentrada na região Sul, perto da fronteira com o Paraguai e Argentina, e vindo aos poucos para o Sudeste. A onda de calor é caracterizada por um fenômeno que não deixa as frentes frias passarem e aumenta as temperaturas. A Região Metropolitana de Campinas não tem risco de ser tão afetada quanto outras regiões do Estado, mas também passará por aumento de temperatura.
A Secretaria Municipal de Educação de Campinas orientou os professores, em especial os de Educação Física, sobre os cuidados que devem ser adotados com os alunos nos dias mais quentes e de baixa umidade do ar. Atividades físicas só devem ser feitas em locais cobertos e arejados.
Professores podem promover atividades lúdicas em sala de aula, como jogos de tabuleiro, raciocínio, entre outros. Também é importante evitar exposição dos alunos ao sol, em especial entre 10h e 16h, e orientá-los a se hidratarem com mais frequência, além de usarem roupas mais leves.
As temperaturas mais altas são propícias à proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue. De 1º de janeiro até quarta-feira (13) a Secretaria de Saúde registrou 18.371 casos e três mortes pela doença.
“Por isso, é importante receber os agentes da saúde em casa e verificar locais que possam servir de criadouros para o mosquito como latas, pneus, pratos de plantas, lajes e calhas, descartando ou armazenando corretamente o que for possível. É importante, ainda, vedar a caixa d’água e manter fechados os vasos sanitários inutilizados”, orienta o Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa).
Neste próximo sábado (16) ocorre a primeira Capacitação de Líderes Comunitários para Enfrentamento de Extremos Climáticos. Será na Escola Estadual Professor Newton Pereira Neves (avenida Suaçuna, 16, Vila Aeroporto), das 9h às 12h.
