Ocorridas no final de 2024
Crédito: Arquivo/Prefeitura de Campinas
Saúde confirmou mais dois casos de febre maculosa em 2024 que evoluíram para cura
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta quarta-feira, 22 de janeiro, mais dois casos de febre maculosa em 2024 que evoluíram para cura. Eles ocorreram em agosto e outubro.
Com isso, a cidade chegou a seis casos confirmados da doença no ano passado, sendo que um deles resultou em óbito. Com a nova atualização, o Município apresentou em 2024 a menor letalidade relacionada à doença dos últimos 17 anos e indicador inferior ao do Estado.
O primeiro caso, o único com evolução para óbito, ocorreu em maio de 2024. Os outros cinco casos, que evoluíram para cura, foram em junho (um), agosto (três) e outubro (um).
A secretaria não registrou, até o momento, casos de febre maculosa em 2025.
Novos registros
A Prefeitura reforça que as duas áreas estão sinalizadas sobre o risco de febre maculosa brasileira por serem sujeitas à presença do carrapato-estrela que pode estar infectado.
O que é a febre maculosa?
A febre maculosa é uma doença grave, com alta letalidade, causada pela bactéria Rickettsia rickettsii. A infecção se dá pela picada do carrapato-estrela infectado com esta bactéria. Na fase jovem, ele pode parasitar qualquer animal, inclusive o ser humano, que frequenta áreas com vegetação, especialmente onde há cavalos, capivaras e outros animais silvestres.
Em 2023 foram contabilizados 20 casos, 17 com transmissão no município, e sete óbitos.
O que está sendo feito?
O município realiza ações educativas de forma contínua para sensibilização das equipes de saúde e da população sobre o tema. Desde o início de 2023 até esta quarta-feira, 22, foram realizadas 258 atividades. A lista reúne palestras, oficinas e capacitações.
Para reforçar a prevenção e controle da febre maculosa, a Prefeitura iniciou em setembro de 2024 um trabalho de manejo para controle reprodutivo das capivaras que visa combater a transmissão da febre maculosa por meio da redução de nascimentos de filhotes de capivaras em parques públicos.
Nesta fase do projeto serão esterilizados aproximadamente 200 animais que vivem livremente na (Lagoa do Taquaral, Lago do Café, Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim e Parque das Águas. A gestão do projeto é da Secretária do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade (Seclimas).
Já a Secretaria de Saúde mantém monitoramento constante sobre a doença.
Ações educativas
Em 2024 houve parceria da Administração com a Faculdade São Leopoldo Mandic pelo terceiro ano consecutivo. Os alunos do primeiro semestre do curso de medicina foram capacitados sobre o tema e trabalham na prática a abordagem junto à população em locais estratégicos com grande circulação de visitantes, como parques e unidades de saúde.
A Prefeitura mantém uma página na internet que reúne uma série de informações sobre a febre maculosa, incluindo explicações sobre a doença, perguntas e respostas, manual para prevenção em locais com presença de carrapatos, manual para os profissionais da área de segurança do trabalho, material educativo de divulgação para a população, conteúdo para gestores e profissionais de saúde, boletim epidemiológico e painel de monitoramento.
Há ainda ressalva para a Lei Municipal 16.418/2023, que dispõe sobre a obrigatoriedade de os estabelecimentos, produtores, promotores e organizadores de eventos realizados em locais sujeitos à presença do carrapato-estrela informar sobre o risco de febre maculosa brasileira. Mais informações sobre a doença e ações realizadas pela Prefeitura estão na página: https://campinas.sp.gov.br/sites/febremaculosa.
Sintomas e busca por assistência
Os sintomas iniciais são febre, dor de cabeça e dor no corpo, com piora progressiva e surgem de dois a 14 dias após a picada do carrapato infectado, podendo ser confundidos com outras doenças, como dengue, leptospirose, gripe e covid-19.
A febre maculosa tem cura, mas o tratamento precisa ser iniciado logo nos primeiros dias de sintomas para evitar agravamento e possível óbito. É importante evitar contato direto com vegetação, principalmente perto de rios, córregos e lagoas, utilizar roupas e calçados que cubram o corpo e ficar atento para retirar rapidamente eventuais carrapatos aderidos à roupa e ao corpo.
Caso a pessoa apresente febre entre dois a 14 dias após frequentar áreas verdes, a pessoa deve procurar imediatamente um serviço de saúde e informar que esteve em local onde o carrapato-estrela pode estar presente. Com isso, a Saúde ressalta a importância de não banalizar sintomas, uma vez que o tratamento oportuno é imprescindível para salvar vidas.
Dez dicas para evitar a doença
O carrapato-estrela é encontrado naturalmente em gramados, pastagens e matas, em especial nas áreas próximas a rios, lagos e lagoas. Se estiver contaminado, pode transmitir a bactéria que causa a febre maculosa. Quem visita, trabalha ou mora em área de risco para febre maculosa - próximo a matas, rios e parques com áreas verdes - pode seguir as seguintes medidas de prevenção:
FONTE: https://campinas.sp.gov.br/noticias/117423/saude-registra-mais-dois-casos-de-febre-maculosa-em-2024-com-evolucao-para-cura